Segurança que pesa no bolso. Veja como funciona o seguro veícular



Por: Diego Fortes
Fotos: Luiz Nicolella e Renato Fonseca

Com o aquecimento na venda de carros novos e usados, o trabalho das seguradoras aumenta. Muita gente tenta prevenir acidentes e incidentes ao veículo novo da melhor maneira possível sem pesar no bolso, mas, em São Gonçalo, o investimento acaba saindo caro, ainda mais com a chegada do fim do ano.

Para o procurador de seguradora Leonel Alves, a movimentação das seguradoras nesta época do ano é normal, já que muitas pessoas procuram trocar de carro entre os meses de novembro e janeiro. “Com a chegada do fim do ano o movimento na venda de veículos aumenta e, consequentemente, aumenta a movimentação nas seguradoras. As pessoas, com a ajuda do 13º salário, acabam comprando um carro melhor do que já tinham antes, elevando o preço do seguro”, explicou Leonel Alves.

O procurador de seguradora ainda disse que pode haver um aumento acima do esperado nas vendas de veículos zero após o governo liberar o financiamento sem entrada. “A decisão do governo para liberação de veículos novos em até 60 vezes sem entrada é um outro fator para o aquecimento das vendas e da renovação e criação de seguros para veículos. O consumidor acaba tendo menos preocupação em ter que dar a entrada e pode fazer um seguro melhor para o seu carro novo”, concluiu.

Já o dono de seguradora Aridinei Pinheiro explicou como é feito o cálculo de seguro para São Gonçalo. “O seguro é feito com base no carro, mas não só no modelo. As seguradoras analisam o perfil do cliente, tirando uma base de risco. É necessário analisar o CEP da moradia do cliente, a idade, se o assegurado possui filho maior de idade com carteira e por onde essa pessoa anda com o carro”, disse.

O dono de seguradora ainda alertou para a idade de mais risco, em que o seguro costuma ser baseado no valor mais alto. “Uma pessoa com idade entre 18 e 25 anos já é considerada perfil de risco pelas seguradoras, porque esse jovem sai com o carro o tempo todo, vai para a faculdade, sai pra balada, tem tendência a se envolver em acidentes com mais facilidade, com isso acaba expondo o veículo a mais riscos independentemente do modelo”, concluiu.

Gonçalenses reclamam dos altos preços

O motorista Jorfe Luiz de Oliveira, de 47 anos, tem carteira de motorista há 20 anos, e comprou um Palio há cinco meses. Ele reclamou do valor do seguro e da insegurança na cidade de São Gonçalo. “Eu estou pagando dez prestações no valor de R$ 195 e pesa muito no bolso no final do mês, mas é necessário. Já vivo em uma cidade perigosa e, por isso, não abro mão do seguro. Evito sair de noite, por ser mais perigoso e já ter sofrido um assalto”, disse Jofre Luiz.


Já a fisioterapeuta Ivonete Mourão, de 52 anos, tem carteira há 30 anos, e usa o carro diariamente para se deslocar de casa para o trabalho, e reclama do valor alto do seguro para carros de 2009 para trás. “A gente corre risco toda hora com roubo, acaba sendo impossível ficar sem o seguro. A desvalorização do carro na hora de um sinistro como assalto, no meu caso, é muito alto. A cada ano que passa de uso do veículo, o seguro vai ficando mais caro, porque já não se trata mais de um carro novo”, afirmou.

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